sábado, 5 de setembro de 2015

Leituras de Agosto


Olá pessoal, tudo certo? 

Como eu estou lendo uma quantidade razoável de livros desde julho, eu decidi fazer um post com as leituras do mês! Então, quem gosta de livros e está curioso para saber quais livros eu li no mês de agosto, é só continuar lendo:





Ao todo, eu li cinco livros no mês de agosto e foram estes:


Eu vou deixar depois de cada foto do livro a sinopse do livro, um breve comentário meu e um trechinho que eu marquei durante a leitura. Eu não sou nada boa em fazer resenhas, por isso escreverei apenas um pequeno comentário mesmo, sem spoilers.


1. Milagrário Pessoal - José Eduardo Agualusa

Sinopse: Iara, jovem linguista portuguesa, faz uma incrível descoberta: alguém, ou alguma coisa, está a subverter a nossa língua, a nível global, de forma insidiosa, porém avassaladora e irremediável. Maravilhada, perplexa e assustada, a jovem procura a ajuda de um professor, um velho anarquista angolano, com um passado sombrio, e os dois partem em busca de uma colecção de misteriosas palavras, que, a acreditar num documento do século XVII, teriam sido roubadas à “língua dos pássaros”. Milagrário Pessoal é um romance de amor e, ao mesmo tempo, uma viagem através da história da língua portuguesa, das suas origens à actualidade, percorrendo os diferentes territórios aos quais a mesma se vem afeiçoando. (Fonte)

Comentário: Gente, esse é um livro pequeno, mas muito interessante pois temos na história essa linguista que pesquisa neologismos e um professor que anota em seu diário pequenos milagres que ele presencia. Ao longo do livro o autor coloca um pouco da cultura brasileira, portuguesa e angolana. Aposto que você não tenha lido nada igual. 

"Gosto desta palavra: afeiçoar, e do seu duplo sentido: tanto significa desenvolver afeto como moldar-se. Porque é isto o que acontece - quando nos afeiçoamos muito a alguém ou a alguma coisa vamos ganhando pouco a pouco a forma dessa pessoa ou dessa coisa." (p.72)

2. Após o anoitecer - Haruki Murakami


Sinopse:  Mari Asai é uma garota solitária que abandona a casa dos pais para enfrentar a noite nas ruas de Tóquio. Sua irmã, Eri, modelo de revistas femininas e jovem de sucesso, vive uma situação diferente: dois meses antes, deitou-se para dormir e nunca mais acordou. 
Takahashi é um músico jovem que procura um sentido para a vida. 
Shirakawa, empregado numa empresa de tecnologia, vara as noites trabalhando e esconde uma segunda personalidade, brutal. Kaoru, gerente de um motel, tenta ajudar uma prostituta que foi espancada, e no processo, acaba se envolvendo com a máfia chinesa.
Enquanto os ponteiros do relógio avançam em tempo real madrugada adentro, as diferentes histórias narradas por Murakami se entrelaçam, se dividem e se fundem, num misterioso e belo romance sobre as complexas relações de amor. 

Comentário: A primeira coisa que eu pensei quando li o resuminho do livro foi: como raios esse autor vai colocar tanta coisa num livro de 200 pgs apenas? Ao longo da leitura você nota que alguns personagens não tem muito espaço no livro, mas eles são importantes para os conflitos das personagens principais. A narração da parte da irmã que dorme e não quer acordar é bizarra. Esse livro é meio bizarro, mas eu gostei bastante.

" - A madrugada tem seu ritmo particular de fluir no tempo - explica o barman. Ele risca um fósforo e acende um cigarro. - Não adianta remar contra a maré." (p.68)

3. A hora da estrela - Clarice Lispector


Sinopse: O romance narra a história da datilógrafa alagoana Macabéa, que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. (fonte)

Comentário: Esse é um livro pra você tentar ler de uma vez só, pois é bem curto, mas precisa de umas pausas para absorver o que foi dito. É o tipo de livro que depois que você termina fica vários momentos pensando na vida. Vou indicar um texto pra quem já leu e quer ler uma análise do livro: aqui.

"Vez por outra ia para a Zona Sul e ficava olhando as vitrines faiscantes de joias e roupas acetinadas - só para se mortificar um pouco. É que ela sentia falta de encontrar-se consigo mesma e sofrer um pouco é um encontro." (p.35)

4. Quem é você Alasca - John Green


Sinopse : Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez.

Comentário: Infelizmente, eu não gostei muito desse livro. Eu não gostei de nenhum dos personagens, não achei interessante a história. A parte legal é que temos um antes e depois, e isso pode despertar a curiosidade de saber o que vai acontecer. Eu não gosto muito desse tipo de coisa, então eu pedi para a Luiza me contar o que ia acontecer, por isso nem curiosidade eu tive. Eu diria que o livro me lembra um filme de comédia adolescente da sessão tarde que não tem a menor graça, mas tem uma lição de vida no final.

obs: Obrigada Lu pelo livro, posso não ter gostado muito da história, mas adorei o presente.


5. To the Lighthouse (Ao Farol) - Virginia Woolf 


Sra. Ramsay, uma mulher madura, bela, maternal e serena; sr. Ramsay, um renomado e árido filósofo; os filhos e criados do casal; Lily Briscoe, amiga da família e aspirante a pintora. Todos estão passando o verão na Ilha de Skye, na Escócia, cercados por outros amigos e conhecidos. James Ramsay, de seis anos, anseia por um prometido passeio ao farol da ilha, enquanto recorta figuras de um catálogo na companhia da mãe. 

Comentário: Esse foi um livro complicado de ler, eu já estava desacostumada a ler em inglês uma narrativa com tanto fluxo de consciência que vai mudando de personagem. Lembro que quando comecei a ler, li umas dez páginas e larguei por um dias, mas depois que eu peguei o ritmo eu li o livro todo quase de uma vez. Esse tipo de história é para quem gosta de estar em contado com os pensamentos dos personagens, pois não há muita ação ou diálogo. O foco não é o enredo, mas os personagens e como eles lidam com os acontecimentos. 

"He found talking so much easier than she did. He could say things—she never could. So naturally it was always he that said the things, and then for some reason he would mind this suddenly, and would reproach her. A heartless woman he called her; she never told him that she loved him. But it was not so—it was not so. It was only that she never could say what she felt." (pg. 334, The selected works of Virginia Woolf)

Enfim, foram essas as minhas leituras de agosto. Vamos ver se eu conseguirei fazer um post para o mês de setembro ou se minhas leituras vão desandar, espero que não.

Até!

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