domingo, 18 de janeiro de 2015

Um livro com uma única palavra no título

Dando continuidade ao desafio, e ainda na linha suspense/terror, resolvi ler então Stephen King (pai de Joe Hill). Esse livro estava entre a categoria "Única palavra no título" e "Suspense/terror" mas acabei colocando em Um livro com uma única palavra no título porque espero que a outra opção seja mais assustadora.


Sinopse: Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho.
Fonte: Skoob.

O livro conta a história de Paul Sheldon, um famoso escritor da série Misery que agrada muitas mulheres mas não agrade nem um pouco ao autor. Assim, após escrever o que ele achava ser se último livro da série e se ver livre, ele conclui o que seria, até então, o melhor livro de sua vida. Assim, ele sai de carro no que acaba sendo uma nevasca e sofre um acidente. Sendo resgatado por Annie Wilkes, sua fã número 1!

 "Ele descobrira três coisas quase simultaneamente, uns dez dias após ter emergido da nuvem escura. A primeira era que Annie Wilkes tinha bastante Novril (na verdade, tinha muitos remédios de vários tipos). A segunda era que ela era viciada em Novril. A terceira era que Annie Wilkes era perigosamente louca."
Página 17.

Annie não só é muito fã de Paul como considera Misery sua melhor amiga, mas com o passar do tempo ele percebe que Annie não está apenas cuidando de seu escritor preferido, está mantendo-o refém e começa a se preocupar com o que ela vai achar quando chegar ao final de seu último livro de Misery.

"Você me deve a vida, Paul. Eu espero que você se lembre disso. Espero que você mantenha isso em mente."
Página 25.

Como é de se esperar, ela não gosta nem um pouco do final, e resolve, através de várias "pequenas" torturas, ajudar Paul a "consertar" isso fazendo um novo livro só para ela.

"- É para continuar?
- Eu mato você se não continuar! - respondeu ela, sorrindo um pouco. Paul não sorriu de volta. O comentário, que ele antes consideraria uma hipérbole banal, agora parecia-lhe ameaçador."
Página 143.

Quando comecei o livro, não sabia realmente o que esperar (até porque é meu segundo livro do Stephen King até agora) mas eu definitivamente esperava sentir um certo medinho. Porém não foi o que aconteceu, vi no livro uma perspectiva totalmente nova ao que é "ser fã" e até que ponto a loucura e o vício podem levar alguém além dos limites do desespero e a dor física que uma pessoa pode suportar.

"Ele teria que diminuir o consumo, fingir tomar alguns comprimidos. Até que ele conseguisse, Annie o teria preso em uma corrente, além da cadeira de rodas - uma corrente de comprimidos de Novril."
Página 117.

O livro é ótimo sim, sem dúvidas, mas o que mais me prendeu a atenção foi estar dentro da cabeça de um escritor em seu processo criativo. Escrevendo de fato o livro. E, embora algumas das cenas fosse chocantes, nenhuma me deu arrepios. Uma coisa que me deixou bem entediada foram os pensamentos repetitivos, como um mantra, de Paul. OK, talvez seja cruel querer pensamentos instigantes de alguém que está cativo e sentido dores mas me deixou bem entendiada em boa parte deles. Creio que o fato de estar apenas dentro da cabeça de Paul tem grande relação com o meu desagrado pois não me apaguei muito à ele. Além de passar a maior parte do livro em um único ambiente. Mesmo nas cenas tensas eu me peguei não torcendo por Paul.

Fonte: Google Imagens.

Como boa parte (senão todos) dos livros de King, Misery também teve uma adaptação cinematográfica.

Gilmore Girls - Primeira temporada, episódio 16.

O filme traz a incrível Kathy Bates como Annie Walker, mas a história me decepcionou bastante, não porque mudou alguma coisa mas porque a maior parte das torturas físicas foram cortadas, restando apenas (mas não menos importantes) as psicológicas. É claro que não diminui todo o terror na vida de Paul mas para quem procura um filme de terror... teria sido bem mais emocionante. 


Recomendo o livro e o filme apenas pela INCRÍVEL atuação de Kathy Bates (cada dia mais fã)!

Alguém já leu Misery? beijos.


2 comentários:

  1. Legal, esse eu coloquei como "um livro publicado no ano em que você nasceu"

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    Respostas
    1. Que legal, o meu "livro publicado no ano em que você nasceu" também foi Stephen King! Só que foi Jogo Perigoso! :D em breve vai ter post sobre ele aqui! Beijos

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